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sexta-feira, 26 de agosto de 2022

O PIOR DE MIM

Crédito: divulgação


texto: Maitê Proença | direção: Rodrigo Portella 


▷ INDICADA AO PRÊMIO CESGRANRIO 2022 DE MELHOR TEXTO 


A peça, cuja versão digital foi destacada entre as melhores de 2020 pelo jornal O Globo e pelo portal Observatório do Teatro, e indicada ao Prêmio Arcanjo de Cultura, foi reconcebida para os palcos físicos.


Maitê Proença também acaba de lançar o livro “O Pior de Mim” (Ed. Agir), coletânea dos registros que deram origem ao texto da peça. A capa é do multiartista e estilista Ronaldo Fraga.


“Atriz com farta capacidade de comunicação não só em sua atuação como também na dramaturgia que constrói, mostrando seu domínio das palavras e da poesia que emana delas” (Miguel Arcanjo Prado, Blog do Arcanjo e membro APCA)


“O Pior de Mim dá passo à frente nas investigações da dramaturgia autobiográfica e, principalmente, no que diz respeito a encenação.” (Bruno Cavalcanti, Observatório do Teatro)



“Pisamos nesta Terra em estado cru, sem preparo para os tremores que nos sacudirão a todos. Nossas histórias pessoais são distintas, mas a forma que reagimos quando fragilizados é muito semelhante” (...) “Lá na intimidade encoberta, eu e você somos irmãos.” (Maitê Proença)


Autoprovocada por este mote, a atriz e escritora Maitê Proença estreou em 2020 um experimento digital que se tornou um dos maiores sucessos do ano e que, depois de temporada presencial bem-sucedida no Rio de Janeiro no início de 2022, chega pela primeira vez a São Paulo: a peça de “O Pior de Mim”, com texto de sua autoria e direção de Rodrigo Portella (“Tom na Fazenda” e “As Crianças”). A peça acaba de ser indicada ao Prêmio Cesgranrio de Teatro na categoria Melhor Texto.


A peça parte de histórias pessoais para falar de todas as histórias, na medida em que todos desenvolvemos, em maior ou menor grau, bloqueios variados para nos proteger de dores do passado, “levantando muros (sem ver) aonde gostaríamos de ter construído pontes”, explica Maitê.


“Meus dramas familiares não têm nenhuma importância. A peça é sobre todos nós e o que fazemos com o enredo que nos foi dado. Refiro-me à minha própria história porque é a única que tenho, e ela me dá autoridade pra tratar dos assuntos que abordo na peça.”, completa a atriz e autora.


SINOPSE


Em cena, Maitê revisita momentos marcantes de sua vida. Numa interlocução direta com a plateia, a atriz reflete sobre como sua conturbada história familiar repercutiu na vida profissional, os eventuais bloqueios desenvolvidos e tudo que precisou fazer para se libertar. Ela fala ainda da mulher de 60 anos no Brasil, de machismo, misoginia, dos preconceitos enfrentados. 


O  LIVRO “O PIOR DE MIM”


Os registros de Maitê Proença também foram base para a preparação de um livro, que foi lançado pela Editora Agir. Homônima à peça, a obra escrita levou a atriz de volta aos seus arquivos, recuperando outros trechos e descortinando novas reflexões e confidências. Fruto do espanto diante do mundo, “O pior de mim” parte da crença de que, como afirma a autora, “nossas histórias pessoais são distintas, mas a forma que reagimos quando fragilizados é muito semelhante”. A capa é do multiartista e estilista Ronaldo Fraga, e o livro estará à venda no saguão do teatro, além das livrarias.

 

A edição do livro, em formato vira-vira, traz também o texto de “Uma vida inventada”, romance com elementos autobiográficos que a artista publicou em 2008 e que acompanha duas meninas em uma jornada de descobertas. Segundo Maitê, a narradora do “O pior de mim” é, na verdade, uma extensão amadurecida de uma das personagens de “Uma vida inventada”. Por isso surgiu a ideia de unir os dois no mesmo volume.


FICHA TÉCNICA


Texto e Atuação: Maitê Proença 

Direção e concepção cênica: Rodrigo Portella

Diretor Assistente: Ritcheli Santana

Ator/Câmera: Renato Krueger

Direção musical: Marcello H.

Produção: Rodrigo Velloni

Produção Executiva: Swan Prado

Realização: Velloni Produções

Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany


RODRIGO PORTELLA – diretor


Diretor e dramaturgo com 27 anos de carreira, foi vencedor dos prêmios Shell, Cesgranrio e APTR de Melhor Direção por “As Crianças” (de Lucy Kirkwood) em 2020 e “Tom na Fazenda” (de Michel Marc Bouchard) em 2018. Este último foi vencedor do Prix de la Critique (Montréal) como Melhor Espetáculo Estrangeiro de 2018/2019, e dos Prêmios APCA (SP 2019) e APTR (Rio 2018), ambos como Melhor Espetáculo da temporada. Nos últimos 10 anos, seus trabalhos integraram a programação dos maiores festivais de teatro do país e circularam por mais de 90 cidades no Brasil, Argentina, Equador, Chile, Alemanha e Canadá. Atualmente é professor do Curso Superior do Instituto Cal de Arte e Cultura e dedica-se ao doutorado em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. 


MAITÊ PROENÇA – autora e atriz


Após um ano de trabalho no Centro de Pesquisa Teatral (CPT) do diretor Antunes Filho (1929-2019), em 1979, Maitê Proença estreou como atriz de televisão na novela Dinheiro Vivo. Viveu sua primeira protagonista na novela As Três Marias. Em 1981, foi convidada a participar da telenovela Jogo da Vida, sob direção de Roberto Talma, em 1982, encenou o espetáculo Mentiras Alucinantes de um Casal Feliz, ao lado de Armando Bogus. Em 1983, participou da novela Guerra dos Sexos, na pele de Juliana. Em seguida, na Rede Manchete, protagonizou a minissérie A Marquesa de Santos. Em 1985, retornou à Globo e integrou o elenco da novela Um Sonho a Mais. Em 1986, na TV Manchete, deu vida à cortesã Dona Beija na novela homônima, um dos grandes sucessos da emissora. Maitê protagonizou as primeiras cenas de nudez em uma novela de horário nobre no Brasil, editadas por ela própria junto com o diretor Herval Rossano. A novela alcançou 42 pontos no Ibope, algo impensável ate então, diante da hegemonia da TV Globo e numa época pré-controle remoto.


A partir desse trabalho, e após atuar na novela Corpo Santo, de 1987, voltou para a Rede Globo e trabalhou na novela Sassaricando, ao lado de Edson Celulari, com quem dividiu o set de filmagem dos longas Sexo Frágil e Brasa Adormecida; esse último lhe rendeu o Prêmio de Melhor Atriz do 2º Rio Cine Fest. Também encenou o espetáculo La Malasangre e protagonizou o filme A Dama do Cine Shanghai, ao lado de Antônio Fagundes, conquistando o Prêmio de Melhor Atriz no II Festival de Cinema de Natal e também no XV Festival dos Melhores do Ano do Cine Sesc. Protagonizou a novela O Salvador da Pátria, fazendo par romântico com Lima Duarte. Também rodou os longas O Beijo e Kuarup, além de encenar a peça Na Sauna, com direção de Bibi Ferreira. 


Em 1996, integrou o elenco fixo da série A Vida Como Ela É e, em 1997, rodou o curta Vox Populi, ganhando o Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Salvador. Depois, em 1998, filmou os longas A Hora Mágica e Paixão Perdida, além de atuar na novela Torre de Babel em um dos personagens centrais, novamente ao lado de Tony Ramos. Em 1999, interpretou a rainha da França, Ana da Bretanha, no seriado Os Três Mosqueteiros, da Globo, e foi ainda a protagonista do filme Tolerância. Atuou também no filme Bufo & Spallanzani, e estrelou a novela Vila Madalena.


Em 2000, protagonizou o espetáculo Isabel, pelo qual foi bastante elogiada pela crítica, além de ter sido indicada à categoria de Melhor Atriz para o Prêmio Shell. Em 2001, após uma participação especial na telenovela Estrela Guia como a hippie Kalinda, protagonizou o filme A Selva, uma coprodução entre Espanha, Portugal e Brasil. Também participou do filme Viva Sapato!. Atuou na comédia Com a Pulga Atrás da Orelha, como Madame Chandebise, e também encenou o espetáculo Paixão de Cristo, na Nova Jerusalém do sertão pernambucano, como Maria.


Em 2003, estreou na revista Época como cronista. Suas crônicas conquistaram o público por seu estilo estilo franco, delicado e inteligente. Em 2004, atuou na novela Da Cor do Pecado. Continuou a publicar suas crônicas para a revista Época e, no ano seguinte, lançou seu primeiro livro, Entre Ossos e a Escrita, que reuniu 50 crônicas publicadas na revista Época entre 2003 e 2004. Em 2005 atuou na novela A Lua me Disse, e nesse mesmo ano escreveu sua primeira peça, Achadas e Perdidas.


Desde então, Maitê vem se dedicando ao seu trabalho como dramaturga. Na sequência de Achadas e Perdidas, vieram As Meninas, em parceria com Luiz Carlos Góes (1944-2014); À beira do abismo me cresceram asas; a adaptação para o palco do texto literário A Mulher de Bath, de Geoffrey Chaucer; e O pior de mim.


A partir de 2006, passou a integrar o time de apresentadoras do programa Saia Justa, do GNT, ao lado da jornalista Mônica Waldvogel, da atriz Betty Lago, da filósofa Márcia Tiburi e da cantora Ana Carolina. Em 2007 finalizou seu segundo livro, Uma Vida Inventada, que mistura ficção a fatos reais num jogo de pistas falsas proposital; lançado em 2008, o livro obteve grande sucesso, ficando em primeiro lugar no ranking da revista Veja, além de permanecer inúmeras semanas entre os dez mais vendidos na categoria Ficção. Também escreveu a peça As Meninas, em parceria com Luiz Carlos Góes.


Em 2008, atuou em Três Irmãs, novela que marca seu retorno à TV depois de dois anos sem atuar nos folhetins globais. Em seguida, estreou o filme Onde Andará Dulce Veiga?, no papel da protagonista Dulce Veiga, cantora e atriz que após um período de sucesso desaparece misteriosamente nos anos de 1960.


Em 2009, Maite produziu, além de envolver-se também na assistência de direção, a peça As Meninas. Foi convidada por Glória Perez para a novela Caminho das Índias. Em 2010, atuou na novela Passione, de Silvio de Abreu, na TV Globo. Em 2012, interpretou Sinhazinha, ao lado de José Wilker, no remake de Gabriela.


Considerada por muitos uma das mais belas atrizes brasileiras, Maitê Proença foi capa de quase todas as revistas em circulação. Das masculinas, destaca-se a edição brasileira da Playboy. Foi uma das raras mulheres a ganhar um suplemento especial na revista. Em 1987, após muitas recusas de convites para posar nua, finalmente aceitou. A edição vendeu 630 mil exemplares, o maior número de vendas no mercado editorial até então. Posaria uma segunda vez, em 1996, aos 38 anos, na paisagem da Sicília, e reconfirmaria o sucesso; desta vez, a revista alcançou a marca dos 720 mil exemplares vendidos.


Em 2015, Proença estreou na novela Alto Astral como Kitty. Em 2016, atuou na novela das 23h, Liberdade Liberdade. Nos anos mais recentes, a atriz vem se dedicando ao teatro, tendo montado as peças “À beira do abismo me cresceram asas” e “A Mulher de Bath”. E agora, em 2022, estreia a versão presencial da peça “O Pior de Mim” e o livro homônimo, coletânea dos registros íntimos que deram origem ao texto da peça.

https://www.eventim.com.br/event/o-pior-de-mim-maite-proenca-centro-cultural-unimed-bh-minas-15670819/


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