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quarta-feira, 20 de abril de 2022
Mortes por gripe servem de alerta para vacinação contra Influenza
A pandemia de Covid-19 vem mobilizando milhões de brasileiros a entrarem na fila da vacinação. Mas este não é o único vírus que merece alerta máximo das pessoas. A gripe também vem causando estragos no país. Somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, foram contabilizadas mais de 1.700 mortes, a grande maioria provocada pela cepa Darwin do vírus Influenza H3N2.
Os dados são do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe). O sistema é conduzido pelo Ministério da Saúde, em parceria com as mesmas secretarias nos estados e municípios. “O vírus Influenza é transmitido pelas vias respiratórias e, assim como a COVID-19, tem sua disseminação facilitada em locais com grande aglomeração de pessoas e pouca ventilação natural.”, alerta Dr Adelino Melo, infectologista do Hospital Felício Rocho.
O Centro de Imunização do Hospital, aliás, vem promovendo uma campanha de vacinação com Influenza Tetravalente, com o intuito de inibir o número de casos. “Estamos focados também no combate à gripe Influenza, em função dos números preocupantes que vêm ocorrendo nos primeiros meses deste ano”, salienta Dr Adelino.
Ele explica que o isolamento social por conta da pandemia de Covid-19 fez com que o número de casos de Influenza reduzisse desde março de 2020, quando teve início a quarentena. Mas com a retomada gradativa à vida normal e uma maior circulação de pessoas pelas ruas, os contágios voltaram a assustar as autoridades sanitárias.
“A pandemia freou um movimento de alta nos casos de Influenza, mas agora, com a flexibilização progressiva das medidas contra a COVID-19, precisamos estar atentos aos cuidados contra Influenza, principalmente porque estamos nos aproximando do período mais frio do ano, época de maior ocorrência da doença”, explica o infectologista.
Nos períodos mais frios, há uma reação natural de permanecer por mais tempo em locais fechados, provocando uma aglomeração que eleva o risco de contaminação. “Existe uma crença errada de que é o frio que provoca a gripe. A gripe não é provocada pela temperatura baixa, mas pela quantidade de pessoas em ambientes propícios à infecção. Basta uma estar infectada para aumentar potencialmente as chances de transmitir o vírus a outras”, esclarece.
População idosa
O médico chama a atenção principalmente para a vacinação da população mais idosa, visto que quase 80% dos óbitos ocorridos em 2022 por conta da gripe atingiu o público da 3ª idade. Os principais sintomas da doença são febre, tosse, dores de cabeça e no restante do corpo.
“O maior risco no caso do Influenza é o agravamento do quadro, com acometimento pulmonar pelo vírus ou com a sobreposição de uma pneumonia bacteriana, que pode ser grave a ponto de levar à morte do paciente. Por isso a vacinação é fundamental, e a população idosa deve ter esse cuidado redobrado. A vacina contra gripe pode ser aplicada em qualquer pessoa com idade a partir dos 6 meses de vida, sem restrições em relação a presença de comorbidades”, orienta Dr. Adelino.
Jornalista, blogueiro, editor-chefe do O Contorno de BH, colaborador da Revista Exclusive, autor do canal Um Mineiro no mundo e otimista.
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