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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Filha de cadela aposentada da polícia de Sergipe vence doenças graves com terapia celular

         Filha de cadela aposentada da polícia de Sergipe vence doenças graves com terapia celular


Maya, pastor belga malinois de três anos, contraiu leishmaniose e doença do verme do coração; saiba os cuidados com seu pet para evitar a contaminação

Divulgação


Com apenas três anos de idade, Maya, uma cadela da raça pastor belga malinois, viveu horrores ao contrair, ao mesmo tempo, leishmaniose e dirofilariose, a doença do verme do coração. "Ela ficou muito mal. Pensei que fosse morrer", lamentou o tutor Luciano Oliveira dos Santos, 44. No entanto, um tratamento utilizando células-tronco, associado a outros recursos da medicina veterinária integrativa, recuperou a saúde de Maya e trouxe de volta qualidade de vida e a alegria que sempre foi sua marca registrada.

Luciano Santos e Maya vivem em Aracaju, numa região onde a leishmaniose e a dirofilariose canina são consideradas doenças endêmicas. Mesmo tomando todos os cuidados com a cadela, não foi possível evitar o contágio.

"Ela estava com as vacinas em dia, usava coleira e repelente, mesmo assim pegou as doenças", contou o veterinário Leandro Oliveira, 39, irmão de Luciano.

O primeiro sintoma apresentado pela cachorra foi sangramento nasal. Leandro medicou o animal e orientou o irmão que o submetesse a exames. Com o medicamento, Maya melhorou, mas logo começou a apresentar falta de apetite e emagrecimento. "Foi, então, que diagnosticamos a leishmaniose e a dirofilariose", disse.

Por conta da leishmaniose, Maya desenvolveu insuficiência renal severa. Ela passou por vários tratamentos, de medicamentos alopáticos a outras terapias, como acupuntura, ozonioterapia e, por fim, aplicação de células-tronco desenvolvidas pela Omics Biotecnologia Animal. "Cercamos as doenças com todos os recursos disponíveis", lembrou Leandro, que é especializado em acupuntura.

Segundo Marina Landim e Alvarenga, médica veterinária e diretora executiva da Omics, no caso da Maya, a leishmaniose evoluiu para um quadro de insuficiência renal aguda. As células-tronco foram utilizadas visando a ajudar a reverter esse quadro e dar suporte para o sistema imunológico.
"Infelizmente não existe cura para essa doença, mas, através das células, conseguimos melhorar a clínica e os sintomas secundários à infecção", afirmou.

Esperta e alegre, Maya - depois de passar por tanto sofrimento - deixou aflorar outros atributos: força e garra!. Talvez isso tenha sido despertado pela vontade de viver ou… já está no DNA, afinal ela é filha de uma cadela aposentada da polícia de Sergipe!

Saiba mais sobre leishmaniose e dirofilariose e como evitar.

A leishmaniose canina é uma doença causada por um protozoário do tipo leishmania. Essa doença é uma zoonose, o que significa que pode atingir tanto cães como humanos. Uma vez no organismo do hospedeiro, o agente etiológico se multiplica e começa a atacar as células do sistema imune.
Se não tratada, a doença pode evoluir, atingindo órgãos importantes, como o fígado, rins e a medula óssea.
A transmissão ocorre através da picada da fêmea do mosquito-palha. Para a transmissão, o mosquito precisa picar um indivíduo infectado e, ao picar um novo indivíduo, o mosquito irá transmitir a doença.

No início, somente 50% dos cães com leishmaniose apresentam sintomas que podem ser:

-Emagrecimento
-Lesões na pele (especialmente na face e nas orelhas)
-Crescimento exacerbado das unhas
-Perda de apetite
-Febre

Não existe cura para a leishmaniose, mas hoje é possível tratá-la. Por isso é importante que o pet seja acompanhado de perto por um veterinário durante toda sua vida, já que o tratamento de leishmaniose canina não elimina completamente a doença. Apesar disso, o tratamento impede a progressão da doença e diminui a carga do parasita, fazendo com que o cachorro deixe de ser um transmissor.

A dirofilariose ou doença do verme do coração também é transmitida por mosquitos em ambientes com alta temperatura e umidade ambiente. Após picar um animal contaminado o mosquito torna-se transmissor em até 14 dias. Quando o mosquito transmissor pica outro animal ou ser humano, as larvas são transferidas do inseto para o tecido muscular e alcançam corrente sanguínea, por onde serão carregadas até o pulmão e coração. Os vermes maduros costumam atingir o coração e pulmão do hospedeiro entre 67 e 85 dias após a contaminação.

Durante os primeiros 7 meses, o portador da doença não apresenta sintomas. A partir dos 7 meses, tosse, cansaço e insuficiência cardíaca podem aparecer nos animais.
Depois de instalada a doença, o tratamento com medicamentos é longo e complexo. Nos casos mais graves, pode-se optar pela remoção cirúrgica.

A boa notícia é que tanto a leishmaniose como a dirofilariose podem ser evitadas. A consulta veterinária e a medicação preventiva são os métodos mais indicados. Coleiras e repelentes para evitar as picadas de mosquitos são também altamente recomendados.

Sobre Marina Landim e Alvarenga

É médica veterinária, mestre em biotecnologia animal e diretora executiva da Omics Biotecnologia Animal, trabalha com terapia celular desde 2008 e é especialista em fisioterapia animal.

O que faz a Omics?

A Omics Biotecnologia Animal é uma startup brasileira que desenvolve material biológico constituído por células-tronco para a medicina veterinária como alternativa terapêutica para melhorar a qualidade de vida e promover maior longevidade a animais com lesões ou doenças de difícil resolução ou sem resposta satisfatória ao tratamento convencional.

A terapia celular Omics - disponível para tratamento em cães, gatos e cavalos - reduz dor, inflamação e morte celular, restaura qualidade de vida, movimentos e função dos órgãos e auxilia a regeneração de tendões, ligamentos, cartilagens e ossos.

Localizada no Parque Tecnológico de Botucatu, a Omics atua em todo o Brasil e já tratou mais de 2000 animais em 6 anos de existência.

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